Namíbia, enfrentando seca, planeja matar elefantes para obter carne

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Frederico sele
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A Namíbia, uma nação localizada na África Austral, está planejando abater mais de 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes e 300 zebras, para fornecer alimento à sua população e, ao mesmo tempo, tentar reduzir encontros perigosos entre diferentes espécies.

Com cerca de 1,4 milhão de pessoas enfrentando uma crise de fome devido à pior seca em um século, o governo namibiano acredita que a medida é "necessária" e está "alinhada com o mandato constitucional de usar os recursos naturais em benefício dos cidadãos". A decisão de abater 723 animais foi justificada pelo Ministério do Meio Ambiente, Florestas e Turismo, que ressaltou a importância de uma "colheita bem gerida e sustentável" de animais selvagens, que pode ser uma fonte valiosa de alimento para as comunidades.

A seca tem afetado grande parte da África Austral, impactando mais de 30 milhões de pessoas, de acordo com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas. Essa região já enfrentou várias secas na última década, mas a atual crise é considerada especialmente devastadora. Segundo Juliane Zeidler, diretora nacional do World Wildlife Fund na Namíbia, a situação é grave: "Não há comida para as pessoas e nem para os animais".

Essa escassez é atribuída em grande parte ao fenômeno El Niño, um padrão climático natural que costuma trazer temperaturas mais quentes e secas em várias partes do mundo. No ano passado, o El Niño retornou, resultando em uma seca recorde, com algumas áreas recebendo menos da metade da precipitação anual esperada.
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